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PM instalou GPS clandestino para rastrear esposa antes de matar amante em motel, diz polícia

PM mata enfermeiro em motel de Arapiraca O soldado PM Welinton Miguel dos Santos, 34 anos, instalou um GPS clandestino, conhecido como ‘carrapato’, no carro...

PM instalou GPS clandestino para rastrear esposa antes de matar amante em motel, diz polícia
PM instalou GPS clandestino para rastrear esposa antes de matar amante em motel, diz polícia (Foto: Reprodução)

PM mata enfermeiro em motel de Arapiraca O soldado PM Welinton Miguel dos Santos, 34 anos, instalou um GPS clandestino, conhecido como ‘carrapato’, no carro da esposa para rastreá-la até o motel onde ele a flagrou com o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo. O PM matou o amante da esposa com pelo menos sete tiros em um quarto de motel em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, no domingo (14). A informação foi divulgada na segunda-feira (15) pelo coordenador das Delegacias de Homicídios do Interior, Flávio Dutra, ao Jornal AB1 da TV Asa Branca. O delegado também conduz as investigações sobre a morte de Ítalo Fernando de Melo. 🔍 GPS clandestino, conhecido como ‘carrapato’, é um dispositivo de rastreamento veicular pequeno, geralmente equipado com um forte ímã, que é instalado secretamente em um veículo ou outro bem móvel sem o conhecimento do proprietário. A expressão ‘carrapato’ refere-se à sua capacidade de se fixar discretamente e de forma aderente, como o parasita, para monitorar a localização em tempo real. PM matou enfermeiro em Arapiraca Arquivo Pessoal Conforme apuração do g1, Welinton Miguel utilizou a arma da Polícia Militar, uma 9mm, para cometer o assassinato. Ele nega o crime e diz que trabalhou durante até meia-noite do dia da morte do enfermeiro no 3º BPM de Arapiraca. O soldado PM foi preso em flagrante pelo homicídio. Ainda conforme o delegado Flávio Dutra, após o crime, o PM agiu naturalmente e se apresentou no trabalho às 8h da manhã do dia seguinte no mesmo batalhão de polícia, onde foi detido e teve a arma apreendida pelos colegas de farda e preso em seguida e levado para a Central de Polícia também em Arapiraca. “O PM não reagiu em nenhum dos momentos quando foi abordado pelos militares dentro do batalhão e em seguida pelos policiais civis que o prenderam”, afirmou o delegado. Flávio Dutra ainda revelou na entrevista ao AB1 da TV Asa Branca que a esposa do militar admitiu estar no motel com o amante, que dormiu e que acordou já com um homem com capacete realizando os disparos. Ela não reconhece o marido como sendo o autor dos tiros no enfermeiro. PM vai avaliar permanência de soldado após assassinato de enfermeiro A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) informou, por meio de nota ao g1, que o comandante-geral da corporação, coronel Paulo Amorim, determinou, junto à Corregedoria-Geral da PM, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar Simplificado para avaliar a condição de permanência do soldado Weliton Miguel dos Santos no serviço da PM-AL. A medida foi tomada em razão de um fato ocorrido no último dia 14, no município de Arapiraca. A portaria que oficializa a abertura do processo foi publicada no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM na segunda-feira (15). A corporação reforçou que acompanha o caso desde o início e colabora integralmente com as investigações conduzidas pela Polícia Judiciária. Atualmente, o soldado Weliton Miguel dos Santos está lotado na 7ª Companhia de Polícia Militar Independente (CPM/I), sediada no Agreste alagoano. Soldado se apresentou espontaneamente à polícia A defesa técnica do policial militar Weliton Miguel dos Santos, de 34 anos, suspeito de matar o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, no domingo, dia 14, afirmou que o investigado se apresentou voluntariamente às autoridades após o ocorrido em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. De acordo com a defesa, Weliton compareceu à delegacia por iniciativa própria, entregou a arma funcional e todas as munições e se colocou à disposição para os procedimentos periciais. Os advogados informaram ainda que o investigado disponibilizará o telefone celular e a motocicleta para exames técnicos, sem que tenha havido ordem judicial de busca e apreensão. A defesa nega que Weliton tenha ocultado provas ou negado os fatos. Segundo a nota, no momento do comparecimento à unidade policial, o militar exerceu o direito constitucional ao silêncio. Os advogados afirmam que ele prestará esclarecimentos sobre a dinâmica do caso no momento processual adequado. Conforme a defesa, o policial apresentou-se regularmente para assumir o serviço na 7ª Companhia Independente. Ao chegar, foi informado pelo supervisor de serviço sobre os fatos e questionado se desejava ir à Delegacia, o que teria ocorrido ainda pela manhã, sem condução coercitiva. A defesa sustenta que não houve prisão em flagrante nesse momento e que a autuação ocorreu apenas no fim da tarde. Weliton é natural de Lagoa da Canoa. Segundo a defesa, ele serviu anteriormente na Polícia Militar do Ceará e ingressou na PM de Alagoas para permanecer próximo da família. O casal mantinha um relacionamento de cerca de 15 anos e tem um filho de 9 anos. Dados do Portal da Transparência de Alagoas indicam que Weliton ingressou na PM em 2023 como soldado aluno, com remuneração inicial de R$ 1.689,15, e, após a formação, passou a atuar como soldado, com último salário registrado de R$ 6.286,62.